5 de setembro de 2018
Estudo revela perfil de quem busca autodiagnóstico na internet
Resultado surpreende pesquisadores, que pela primeira vez incluíram dados socioeconômicos dos entrevistados
De acordo com o estudo realizado pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), instituto de pesquisa e pós-graduação voltado ao mercado farmacêutico, o perfil básico dos pacientes que usam a internet para se autodiagnosticar é composto por jovens com curso superior das classes A e B.
O estudo, terceiro sobre o tema realizado pelo instituto, revelou que 40,9% dos brasileiros faz autodiagnostico online e desses, apenas 36,16% não possui curso superior. A maioria 63,84% possui diploma de terceiro grau.
O último estudo, realizado em 2016, já havia identificado que 40% das pessoas fazem autodiagnostico pela internet, mas nesta edição foi acrescentado o perfil socioeconômico. Segundo Marcus Vinícius Andrade, diretor de pesquisa do ICTQ, o resultado da pesquisa foi surpreendente, pois se imaginava que as pessoas sem acesso a médico é que se autodiagnosticavam, mas ao contrário. São justamente as pessoas das classes A e B, esclarecidas e com poder econômico para buscar informação de saúde mais concreta e consciente, que mais fazem autodiagnostico pela internet.
O estudo indica que 55% dos que fazem autodiagnóstico pertencem às classes A e B e 26%, às classes D e E. Ou seja, as pessoas de baixa renda ainda buscam mais atendimento médico em prontos-socorros. A dificuldade com a internet de modo geral, faz com que os idosos recorram ao médico também.
Realizado no mês de maio em 120 municípios, incluindo todas as capitais, a pesquisa ouviu 2.090 pessoas com idade acima de 16 anos. Entre as motivações identificadas pelos pesquisadores, o imediatismo é a mais comum na faixa etária que vai dos 16 aos 34 anos.
Essa informação foi publicada no site da Revista Exame, em agosto desse ano.